Jane Toppan, a enfermeira assassina

Jane tinha como ambição "ter morto mais pessoas - pessoas desamparadas - do que qualquer outro homem ou mulher que alguma vez viveu..."

Jane Toppan, baptizada pela família como Honora Kelley, nasceu em 1857 no sei de uma família pobre e com um historial de problemas mentais.
Ainda muito nova viu a sua mãe Bridget morrer vítima de Tuberculose, ficando assim ao encargo do pai, Peter Kelley, mais a irmã Delia Josephine.

Peter era conhecido como um homem excêntrico e alcoólico, assunto de muitos rumores locais entre eles o mais famoso que contava que Peter havido cosido as próprias pálpebras enquanto trabalhava como alfaiate.
Em 1863, poucos anos depois da morte de Brigdet, Peter entregou ambas as filhas (na altura Honora tinha 6 anos e Delia tinha 8 anos de idade) a um orfanato que acolhia crianças do sexo feminino cujas famílias eram pobres. Não há qualquer documento que fale sobre a vida que as duas irmãs tinham no orfanato mas nos documentos está escrito que ambas haviam sido "resgatadas de uma casa muito miserável". Peter teria entregue as filhas no Boston Female Asylum para nunca mais as ir ver ou buscar.

Por volta de Novembro de 1864, Honora foi dada como empregada/escrava para a casa da família de Mrs. Ann C. Toppan of Lowel que, apesar de nunca ter oficialmente adoptado Honora como sua filha, lhe deu o seu apelido. Mais tarde Honora mudou o seu nome para Jane Toppan.

Delia foi dada como empregada/escrava para uma família residente em Athol, no ano de 1868 quando havia completado 12 anos de idade. Mais tarde Delia começou a prostituir-se e acabou por morrer como alcoólica em condições muito precárias.

Jane Toppan começou os estudos de enfermagem no ano de 1885 no Hospital de Cambridge, onde começou a sua saga de mortes sádicas. Jane usava os seus pacientes como cobaias em testes com Morfina e Atropina; ela alterava as dosagens prescritas dos pacientes para ver quais os resultados que os medicamentos em doses anormais podiam provocar no sistema nervoso dos doentes. Sabe-se que ela passava muito tempo sozinha com os pacientes, enquanto alterava relatórios médicos e criava gráficos falsos, medicando os pacientes com doses que os mantinham entre o consciente e o inconsciente. Toppan tinha por hábito deitar-se na cama com os pacientes, embalando-os e abraçando-os enquanto morriam; isso deu-lhe o título de assassina por desejo, que se sentia extremamente atraída pela morte.

Em 1889, Jane foi recomendada ao prestigiado Hospital General de Massachussets, onde fez muitas outras vítimas antes de ser despedida no ano seguinte. Após ser posta fora do hospital, regressou a Cambridge, mas rapidamente a mandaram embora por prescrever opiáceos de forma imprudente.

A onda de homicídios em maior escalada começou no ano de 1895 quando Jane se tornou enfermeira privada e assassinou os seus 'proprietários'. Mais tarde, em 1899, ela matou a sua irmã adoptiva Elizabeth com uma grande dose de estricnina.

Por volta de 1901, Toppan mudou-se para a casa do idoso Alden Davis para tomar conta dele pouco depois da esposa deste ter morrido (assassinada pela própria Toppan). Em poucas semanas Toppan havia morto o idoso e duas das suas filhas.

Jane acabou por retornar à sua cidade natal onde decidiu começar a cortejar o marido da sua última irmã adoptiva; mais tarde matou a irmã dele e envenenou-o apenas para mostrar que era capaz de o curar como boa enfermeira que era; para cair nas boas graças do homem, Toppan envenenou-se a si própria mas o estratagema não resultou e acabou a ser expulsa da casa onde vivia com ele.

Por aquela altura, os membros vivos da família de Alden Davis, exigiram um exame toxicológico da filha mais nova de Alden. O relatório do exame provava que havia vestígios de envenenamento.

As autoridades locais encarregaram a polícia de prender Toppan e, no dia 26 de Novembro de 1901, esta foi levada para a prisão sob a acusação de homicídio.

Em 1902, Toppan confessou ter cometido 31 crimes e no dia 23 de Junho foi considerada inocente por insanidade, sendo condenada a passar o resto da sua vida no Hospital Tauntun Insane. Pouco depois do julgamento, foi lançado um artigo no New York Jornal que continha o depoimento feito por Toppan ao seu advogado, onde esta confessava que tinha morto mais de 31 pessoas e que esperava ser considerada louca para que assim tivesse uma oportunidade de ser solta.

Fonte: wiki/Jane_Toppan